domingo, 14 de agosto de 2011

Casar-se com idade mais avançada.

Casar-se com idade mais avançada.


Entrevista concedida para o Jornal Diário da Região sobre relacionamentos que se iniciam com a idade mais avançada.


Gisele Bortoleto - Qual a vantagem de se entrar em um casamento já com uma idade mais avançada, mesmo com as partes já tendo bagagem emocional, que já casaram, descasaram, tiveram filhos, etc.?


Prof. Renato Dias Martino - As vantagens podem se revelar na medida em que a idade cronológica coincida com a maturidade emocional, o que nem sempre acontece. De qualquer forma, só o fato de se estar tentando ligar-se afetivamente a alguém, já é um bom sinal de maturidade emocional.

Gisele Bortoleto - De que forma podemos tirar proveito dessa maturidade adquirida com a idade para fazer a relação dar realmente certo?

Prof. Renato Dias Martino - A maturidade emocional, que qualifica para viver de forma saudável os vínculos. A tentativa do conhecer a si mesmo é a única via para a maturidade emocional em prol de cultivar bons vínculos. Nunca se pode respeitar o outro, se não respeita-se a si mesmo, a não ser coagido pelo medo, no entanto, nesse momento já não falamos mais de vínculos saudáveis.

Gisele Bortoleto - É possível construir uma relação saudável sendo mais velho sem correr o risco de perdermos nossa identidade?

Prof. Renato Dias Martino - Em um desenvolvimento saudável da personalidade, espera-se que a maturidade inclua maior reconhecimento da própria identidade. “Iden”, quer dizer igual e “entidade” é o ser. O ser que nunca muda. A proposta de conhecer e respeitar a parte do ser que, por ser invariante, não muda, é evoluir emocionalmente. Se a maturidade não incluir o reconhecimento e o fortalecimento da identidade, então esse amadurecimento não se encontra no nível emocional.

Gisele Bortoleto - O que é importante que uma pessoa que vai entrar em uma relação já com experiência e bagagem emocional tenha em mente ao entrar em um novo casamento para que ele dê certo?

Prof. Renato Dias Martino - Importante pensarmos que pessoas podem viver muito tempo sem se propor muitas experiências de auto reconhecimento, o que iria conduzi-las à maturidade emocional. Logo, seria prudente desvincular a ideia de maturidade física e biológica, da qual o tempo irá trazer inevitavelmente, da maturidade emocional, que nos exige um exercício constante de reflexão sobre nossos desejos, medos e assim nossos limites.
-- Matéria na integra : http://www.diariodaregiaodigital.com.br/Flip/Flip_Books/Bem_Estar-20110814/index.html#/6/  

Prof. Renato Dias Martino
Psicoterapeuta e Escritor
Fone: 17-30113866 renatodiasmartino@hotmail.com

http://pensar-seasi-mesmo.blogspot.com

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